Psicanálise

As implicações entre amor e doença

            Só o amor cura, diz Freud. Ao fazer esta afirmação, o criador da Psicanálise ressalta a importância do afeto, da sexualidade e do amor. Para ele, a melhor maneira de abrandar a rigidez de caráter, de corpo, de idéia é o amor         Quando a pessoa está relativamente bem emocionalmente, equilibrada, vivendo adequadamente as emoções, a chance de adoecer é menor. A Psicanálise nos mostra que, quanto mais o sujeito está referido ao seu desejo, menor é a angústia. E como a força do desejo é inconsciente e indestrutível, a insatisfação virá, com certeza, na forma de doenças físicas ou mentais. A solução, portanto, é viver de coração aberto.

            Mas como expressar as emoções se a cultura nos ensina a considerar os impulsos (amor, ódio, sexo etc.) como extremamente perigosos? As próprias regras da sociedade nos condicionam a reprimir a expressão física e verbal do que sentimos. Desde pequeno nos é ensinado, por exemplo, a engolir o choro.

            Quando a pessoa, por algum motivo que pode ser gerado pela moral social, cultural e religiosa, não se permite expressar as emoções, colocá-las para fora, essa emoção acaba “implodindo”. Ao viver um estado de desamor, de insatisfação, no qual a pessoa não soluciona, a emoção é bloqueada e a descarga se dará sobre os órgãos corporais, independente do controle. Adoecer o órgão é uma forma inconsciente de expressar o sofrimento, por não se conseguir colocá-lo de outra forma.

            Existe uma relação do conflito psíquico com o órgão. O “escolhido” para adoecer não é aquele constitucionalmente mais vulnerável, porém o mais carregado de símbolos. O sujeito incorpora, a intimidade de algum órgão e faz dele o representante de sua alma.

            A doença, então, surge como válvula de escape dos conflitos intrapsíquicos e emocionais. Muitas vezes, por mais paradoxal que seja, a doença surge como “cura” para os problemas. A pessoa incapacitada de expressar seus sentimentos usa a linguagem do corpo para exteriorizar suas angústias.

            Existem também os ganhos secundários, que, em nossa cultura, são cultivados. Ao adoecer, o indivíduo volta a ser criança, necessitando de atenção e cuidados. A doença, muitas vezes, é o caminho para se suprirem as carências e as frutrações da infância.

            A Psicanálise nos ensina ainda que as pessoas mais racionais e pragmáticas são mais suscetíveis as doenças. O bom humor, a alegria e as fantasias são elementos vitais para o bem-estar do ser humano. Uma das formas de se preservar a saúde é soltar a criança que existe dentro de nós.

 

            Para solucionar esse conflito, como diz Freud, faz-se necessário amar, amar muito e de todas as formas, pois as doenças são expressão de infelicidade e não causa delas. A maior garantia de saúde é o prazer e o amor. Só o amor regenera a vida.

 

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